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A História repete-se

Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho
A História repete-se
Último episódio

Episódios Disponíveis

5 de 130
  • A ditadura de Miguel Primo de Rivera em Espanha (1923-1930)
    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a ditadura do general Miguel Primo de Rivera em Espanha (1923-1930), que influenciou a ditadura portuguesa de 1926-1933. No inicio da década de 1920, Espanha vivia em permanente instabilidade política e social. Os governos sucediam-se, assim como os confrontos sociais e a violência política. A este contexto, acresceu o desastre do exército espanhol no Norte de África, em 1921, que pôs em causa as chefias militares e até o próprio rei, Afonso XIII. Ganhou então força a corrente que apoiava uma ditadura militar como forma de estabilizar o país. A 13 de setembro de 1921, o general Miguel Primo de Rivera, capitão general da Catalunha, liderou um pronunciamento militar que resultou na suspensão da Constituição liberal de 1876 e na formação de um diretório militar. De inicio, a solução contou com o apoio do rei e de parte da sociedade espanhola, inclusive com a benevolência do PSOE e da organização sindical da UGT. Até 1927, Primo de Rivera beneficiou de conjuntura internacional favorável para estruturar um regime ditatorial inspirado pelo corporativismo que anulou a autonomia catalã e que, economicamente, pretendia tornar a Espanha auto suficiente. O governo de Primo de Rivera foi depois abalado pela crise económica de 1929, pelo afastamento do PSOE e UGT, e pelo abandono dos seus antigos aliados: desde os industriais catalães às chefias militares. Por fim, quando Primo de Rivera percebeu que também deixara de ter o apoio de Afonso XIII, decidiu demitir-se e partir para o exílio em Paris (janeiro de 1930). O reinado de Afonso XIII, profundamente comprometido com o ditador, ficara porém com os dias contados. Em abril de 1931, cerca de uma ano e meio depois da demissão de Primo de Rivera,foi proclamada a II República espanhola.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    45:45
  • As Origens Intelectuais do 25 de Abril (V): quais foram os livros ligados ao Jornalismo e ao Ensaísmo português que marcaram a Revolução?
    No quinto e último episódio, abrimos a porta à discussão de obras marcantes no campo do jornalismo e do ensaísmo. Exploramos livros que foram amplamente lidos e reeditados rapidamente, como "Sociedades e Grupos em Portugal" (1973) de Maria Belmira Martins e "Investimentos estrangeiros em Portugal" (1973) de Luís Salgado de Matos. Discutimos também obras apreendidas e reeditadas após abril de 1974, como "Emigração e crise no nordeste transmontano" (1973) de António Modesto Navarro, e os livros de Raul Rêgo, "Os políticos e o poder económico" e "Diário Político", ambos de 1969, reeditados em 1974. Destacamos livros cuja apreensão revelou o desconforto que provocaram, como "Raízes da nossa força" (1973) de Helena Neves e Alfredo Cunha, e "Portugal sem Salazar" (1973) de Mário Mesquita, que divulga as visões políticas de exilados como Manuel de Lucena, José Medeiros Ferreira e António Barreto. Abordamos ainda obras preteridas pela editora original por medo de apreensão, como "A Censura e as leis de Imprensa" (1973) de Alberto Arons de Carvalho, e livros que começaram como peças publicadas em jornais, como "França: a emigração dolorosa" (1965) de Nuno Rocha e "Revolução, meu amor" (1970) de Maria Antónia Palla. Para iniciar o debate, propomos "Angola, os dias do Desespero" (1961) de Horácio Caio, que chegou a 12 edições em menos de dois meses, oferecendo uma visão do regime sobre a guerra, a censura e o projeto colonial português. Mais do que discutir os méritos de cada título, desejamos uma discussão integrada sobre censura, guerra colonial, emigração, estrutura económica do regime e mudanças sociais. Quais foram as origens intelectuais da revolução no jornalismo? A moderação desta sessão final na Biblioteca Nacional é de Rita Luís, com a participação dos convidados Isabel Ventura, Afonso Dias Ramos, Helena Neves e Ricardo Noronha. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    2:16:00
  • 25 de abril de 1975: as primeiras eleições democráticas em Portugal foram há 50 anos
    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o contexto em que se realizaram as primeiras eleições democráticas em Portugal, que ocorreram a 25 de abril de 1975, passam por estes dias 50 anos. As eleições para a Assembleia Constituinte estavam inicialmente marcadas para 12 de abril de 1975. No entanto, os acontecimentos do 11 de março justificaram o seu adiamento por 12 dias, sendo que alguns setores extremistas reclamavam, inclusive, o seu adiamento “sine die”. Valeu na altura a intervenção decisiva do Presidente da República, general Costa Gomes, que era favorável à realização de eleições, aliás, como constava do programa do MFA, e foi depois confirmado pela Junta de Salvação Nacional. A campanha eleitoral começou a 2 de abril de 1975 num ambiente complexo e de radicalização política. Dias depois, a 11 de abril, foi assinado o primeiro pacto MFA-Partidos, que garantia um papel político central na futura ordem constitucional aos orgãos do MFA então recentemente instituídos: o Conselho da Revolução e a Assembleia do MFA. As eleições para a Constituinte realizaram-se assim num contexto de tensão entre duas legitimidades: a democrática e a revolucionária. Apesar destas condicionantes, decorreram de forma exemplar e constituíram um passo decisivo no processo de construção da democracia em Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    47:22
  • As Origens Intelectuais do 25 de Abril (IV): em que medida os poetas, escritores e dramaturgos portugueses ajudaram a produzir as sementes da revolução?
    Neste quarto episódio sobre as origens intelectuais da Revolução Portuguesa foram escolhidas cinco obras do campo do teatro, da poesia e da ficção como maneira de interrogar a relação entre os livros e o 25 de Abril. A professora Ana Isabel Queiroz traz para a mesa as 'Terras do Demo', de Aquilino Ribeiro, e a investigadora Ana Margarida Martins analisa 'As Novas Cartas Portuguesas', de Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno. O sociólogo João Pedro George fala sobre “O libertino passeia por Braga a Idolátrica o seu Esplendor”, de Luiz Pacheco. Rui Lopo destaca o trabalho de Natália Correia na organização da 'Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica'. E, por fim, Rui Pina Coelho destaca a importância da obra “Teatro Moderno, caminhos e figuras”, de Luís Francisco Rebello, a mais importante história do Teatro da primeira metade do Século XX. São cinco livros, mas são mais autores, uma vez que em dois casos se trata de antologias e, portanto, estão aqui representadas muitas vozes e textos, tentando responder a várias interrogações: Em que medida estes poetas, escritores e dramaturgos produziram ou ajudaram a produzir as sementes da revolução de abril? E em que medida os seus personagens, contextos, paisagens e temas foram criadores de novidade, agitação, rutura, novo pensamento ou até denúncia de um certo país ocultado? É o que vamos descobrir, neste debate moderado por Inês Brasão na Biblioteca Nacional.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:37:16
  • São Francisco de Assis: pobreza e igualdade por amor a uma fé e ao próximo
    Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a vida de Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido por São Francisco de Assis, que viveu entre 1182 e 1226 e foi uma das figuras mais impactantes da época medieval. Francisco de Assis nasceu num tempo em que a Santa Sé enfrentava vários movimentos, alguns considerados “heréticos”, que reclamavam um maior despojamento do Clero e o regresso aos ideais do cristianismo primitivo. Por volta de 1205, Francesco, ou “pequeno francês”, sentiu um apelo interior, que identificou como a voz de Jesus Cristo, e que o estimulou a despojar-se dos seus bens materiais e viver para pregar o Evangelho e assistir os pobres. O seu carisma e convicção tornou-o a figura central de uma comunidade que vivia, nos seus primórdios, de forma errante e em pobreza absoluta. S. Francisco, o fundador da “ordem dos irmãos menores”, rejeitou que esta tivesse uma hierarquia ou bens materiais. Tal provocou várias debates no interior da Ordem, pois alguns irmãos sustentavam que esta devia oferecer condições mínimas para os seus integrantes poderem cumprir a sua missão e, até, dedicar-se ao trabalho intelectual. Em 1223, a Santa Sé aprovou por fim a regra da Ordem dos Irmãos menores, enquadrando-a definitivamente na ortodoxia religiosa, algo que, de resto, S. Francisco nunca contestou. A partir de então, S. Francisco viveu os seus últimos anos de vida sobretudo em ermitérios e meditação, alturas em que passava por estados de êxtase. Morreu em 1226, com aura de santidade e fama de milagreiro, tendo sido canonizado dois anos depois pelo Papa Gregório IX, que, enquanto cardeal, fora responsável por fixar a regra dos franciscanos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    49:36

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Sobre A História repete-se

Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas.
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