ESPECIAL: O Crime da Enfermeira "Dexter" do Algarve
Em março de 2020, o Algarve foi palco de um crime macabro: o homicídio de Diogo Gonçalves, de 21 anos, planeado pelas namoradas Mariana Fonseca (enfermeira) e Maria Malveiro (segurança). A motivação central era financeira, visando roubar os cerca de 70 mil euros de indemnização que a vítima havia recebido. O plano foi brutal: Diogo foi sedado com um fármaco subtraído do hospital, imobilizado e torturado para ceder os códigos bancários, e por fim, asfixiado até à morte.Após o assassinato, o corpo foi desmembrado na garagem, e os restos mortais dispersos em diferentes pontos do Algarve, chocando o país – a cabeça foi encontrada no Pego do Inferno, Tavira, e o torso numa falésia em Sagres.Embora condenada por crimes secundários, Mariana Fonseca foi inicialmente absolvida do homicídio em primeira instância e saiu em liberdade. Contudo, após recursos do Ministério Público, o Supremo Tribunal de Justiça confirmou a sua condenação por homicídio qualificado a 23 anos de prisão. Aproveitando a liberdade durante a fase de recursos, Mariana, apelidada pela imprensa de "enfermeira assassina", colocou-se em fuga quando a sentença se tornou definitiva em 2025, estando agora em parte incerta e sendo procurada com mandado de detenção.Este episódio explora a traição, a crueldade do crime e as falhas judiciais que permitiram a fuga de uma condenada por homicídio grave.(Nota: Maria Malveiro, a coautora, condenada a 25 anos de prisão, suicidou-se na cadeia antes do trânsito em julgado final do processo.)