Uma pessoa vale mais que o mundo inteiro. Disse-o Bento Menni, firmando a sua missão, talvez sabendo que o mundo nunca será inteiro se não nos movermos e comovermos com o sofrimento do outro.
Catarina Pazes, tem-se movido por esta causa: as pessoas e o seu sofrimento. Atualmente, assume a responsabilidade da presidência da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, tendo sido criada há quase 3 décadas, partindo da motivação de um grupo de profissionais que reconheceu a urgência de sistematizar uma prática clínica congruente com saberes e atitudes amplamente preconizados pela ciência.
Catarina Pazes, é Enfermeira, especialista em Enfermagem Comunitária e em Enfermagem à pessoa em situação paliativa, e assume a responsabilidade pelo Serviço Integrado de Cuidados Paliativos Beja, coordenando a Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos do SICPBeja+.
É Professora adjunta convidada da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja, contando com três pós-graduações em Gerontologia Social, Cuidados Paliativos Pediátricos e Cuidados Paliativos não oncológicos.
É Mestre em Cuidados Paliativos pela Faculdade de Medicina de Lisboa, e atualmente doutoranda em Cuidados Paliativos na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Preside a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (mandatos 2021-2023 e 2024-2026 até à atualidade.
Neste episódio, Ricardo Fernandes e Catarina Pazes conversam sobre os desafios da realidade portuguesa em matéria de cuidados paliativos e em que medida estes cuidados valorizam cada pessoa, num mundo que se quer inteiro.
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EPISÓDIO #16 - Telma Alves
Como deixar partir quem mais amamos? Como deixar partir quem mais nos amou?
Telma Alves tem-se aproximado da área dos cuidados paliativos de diversas maneiras: por um lado, enquanto voluntária na unidade de cuidados paliativos e, também, enquanto autora da tese de mestrado sobre a perceção do chamamento nos profissionais de cuidados paliativos. Por outro, enquanto familiar de uma utente que precisou de cuidados paliativos: a sua avó Elisa.
Neste episódio, Telma Alves e Ricardo Fernandes conversam sobre a sua experiência em cuidados paliativos. É licenciada em Política Social e Pós Graduada em Gestão de Recursos Humanos. É mestre em Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos e desenvolveu a sua tese sobre “A Percepção do Chamamento nos Profissionais de Cuidados Paliativos e o Efeito nas suas Práticas Profissionais”. É voluntária na unidade de cuidados paliativos da casa de saúde da Idanha há 3 anos.
Amar e ser amado talvez seja o de mais grandioso que consigamos fazer. Mas, talvez, só ao passarmos por isto – pelo amor e pela perda – é que conseguimos responder: porque precisamos dos outros para sermos nós.
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EPISÓDIO #14 - Emília Fradique
As crianças, que têm todas as perguntas do mundo, relembram-nos que há respostas a menos para explicar aquilo que não sabemos dizer. E como explicar a uma criança em CP que tem uma doença grave? Como falar com ela sobre a sua própria morte? E como é, para os profissionais nesta área, acolher esta realidade da criança e dos seus pais e restante família?Os cuidados paliativos pediátricos assumem-se como uma área especial de intervenção pediátrica e pretendem ser globais, abrangentes e para todas as crianças que não vão melhorar da sua doença. São um direito humano básico para todas as crianças com doenças crónicas, complexas e com prognóstico reservado. No entanto, que respostas existem em Portugal? Que percurso já foi feito e que caminho devemos seguir para cumprir os objetivos destes cuidados?
Neste episódio, Ricardo Fernandes conversa com Emília Fradique. É Enfermeira Especialista em Pessoa em Situação Paliativa e uma referência na área dos Cuidados Paliativos Pediatricos em Portugal. Nesta conversa, poderá ouvir sobre a realidade nacional deste tipo de cuidados e reconhecer quais as necessidades e especificidades deste contexto.
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EPISÓDIO #13 - Sofia Teixeira
Seremos nós o tempo que nos resta? Se sim, quando confrontados com o diagnóstico de uma doença terminal, como é o testemunhamos? Como é que nos vemos? Como é que nos vêem os outros? Estaremos a morrer ou a viver?
Sofia Teixeira, autora do livro “A morrer ou a viver? – histórias de cuidados paliativos” (editado em maio de 2024 com o apoio da Fundação Francisco Manuel dos Santos) é a convidada deste episódio. Conversou com Ricardo Fernandes, onde nos deixa a pergunta do título do seu livro que não se fecha numa só reposta, mas que nos abre às mais difíceis interrogações.
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EPISÓDIO #12 - Maria Elisa
Qual é o peso das palavras? Cancro é uma palavra que assombra a expectativa da maior parte de nós. Desdobra-se em significados e palavras diferentes: medo, angústia, morte, mas também esperança, resilência, amar e cuidar.
Maria Elisa Domingues, figura incontornável do jornalismo em Portugal, escreveu o livro “Amar e Cuidar” após a cirurgia da sua mãe a um cancro de mama. Foi editado em 2012 e nele é partilhada a sua vivência enquanto cuidadora, narrando o seu percurso ao longo da doença da sua mãe. É um trabalho literário cuidadosamente conduzido, onde se encontra a simplicidade das palavras.
Neste episódio, Ricardo Fernandes conversa com a autora, sobre amar e cuidar, sobre os cuidadores informais em Portugal, sobre cuidados paliativos e sobre a sua vivência da doença da sua mãe.
E no título deste livro: amar e cuidar – qual o peso das palavras? Se amar nos expande, cuidar será, talvez, uma forma de confirmar esse mesmo amor.
Sobre PORQUE PRECISAMOS DOS OUTROS PARA SERMOS NÓS.
Um podcast que pretende ser um lugar de diálogo sobre a vida e a morte e sobre as relações que criamos no intervalo. Falaremos sobre o luto, as perdas, a doença e a morte nas diferentes perspetivas ética, estética, clínica, cultural, filosófica, artística e as demais que a vida contém.
Promovido pelas Irmãs Hospitaleiras | Casa de Saúde da Idanha no âmbito Projeto de Intervenção Precoce e Apoio no Luto, com o apoio da Fundação La Caixa.