O percurso do meu convidado de hoje tem tantos cruzamentos e intersecções com o meu que é difícil que esta conversa não fale também sobre o meu percurso no Bando que começou como estagiário (tal como ele, mas uns anos depois) e sob a sua coordenação...precisamente.Falo com o Miguel Jesus, encenador e dramaturgo, ou para o nomear de uma forma mais clara: alguém que sabe ler e escrever e de quem, alguém disse um dia, pode dar muito jeito ao Bando.O Miguel já fez quase tudo no Bando desde 2007. Além de escrever peças de Teatro e encenar também integra o elenco actual do Afonso Henriques. Na encenação destacam-se Em Nome da Terra em 2015 a partir de Vergílio Ferreira e Adoecer e Antes do Mar, ambos a partir de Hélia Correia.Fora de cena já coordenou a comunicação e a produção e fez parte da direcção artística e da direcção da cooperativa. Depois de um período fora do Bando, regressou em 2024 como produtor das 1001 Noites, Irmã Palestina, estando actualmente a coordenar a produção e a versão dramatúrgica do espectáculo, AGUSTINOPOLIS, próxima estreia do Bando a partir dos personagens da obra de Agustina Bessa Luis, sob encenação de João Brites a estrear em Outubro no Centro Cultural de Belém.Mais do que uma entrevista é uma conversa entre amigos que já partilharam muito a cena e muita cena juntos, em Bando.:::50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
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1:28:40
Américo Rodrigues | programador cultural
Será possível que ouvir falar tantas vezes de um espectáculo que nunca vimos, possa construir de tal forma uma imagem mental, que pareça que vivemos aquele momento como espectadores? Hoje falámos com Américo Rodrigues, ator, encenador e programador que durante muitos anos dirigiu culturalmente a vida da cidade onde nasci e cresci: a Guarda.Assim que cheguei ao Bando e disse que era da Guarda, toda a gente me falou daquela noite inesquecível, aquele espectáculo dos Bichos nos anos 90 à volta da sé da Guarda para milhares de pessoas.Os Bichos do Torga, espectáculo icónico no percurso do Bando, ficou marcado de forma indelével nas gentes da Guarda que naquela sexta-feira de Agosto de 1990 assistiram ao fenómeno. Eu não estive lá, tinha apenas 2 anos de idade, mas foram tantas as conversas e o espanto partilhado que hoje acreditou que assisti aquele espectáculo, no meio da multidão.Américo Rodrigues foi o responsável por organizar esta e muitas outras idas do Bando à Guarda. Actualmente é Director-Geral das Artes e nesta conversa sobre o percurso do Bando vamos reflectir sobre o que é popular e erudito, o que é mais singular ou mais plural, sobre o individualismo em expansão e os projectos colectivos em extinção.:::50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
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1:17:05
Paula Flamino | tesoureira
Estamos no espaço do Bando, na nossa quinta em Vale dos Barris. É dia de espectáculo, em fundo escuta-se música Mapuche, e entre uma e outra história das 1001 Noites, entre um e outro almoço, no meio dos fluxos de público, uns de manhã e outros à tarde, aproveitei uma pequena pausa e convenci a Paula Flamino a conversar comigo para o podcast.Não foi fácil. No início o estigma de ser trabalhadora não artista num grupo de teatro persegui-a e por vezes colocava-se à margem das conversas e dos assuntos artísticos. A Paula, trabalha no Bando há 13 anos, é tesoureira do grupo mas durante muito tempo não usou a 1ª pessoa do plural para falar do NOSSO trabalho. O tempo passou e a Paula é hoje um pilar do grupo, ou usando a sua expressão naval favorita, uma âncora do trabalho administrativo diário, entre muitas outros apoios que dá em diversas áreas. Vou tentar desmontar a ideia de âncora com ela, vamos ver se sou bem sucedido.Sentem-se connosco à mesa e não se atrasem que antes de o sino do Bando voltar a soar para o início de mais um espectáculo da Irmã Mapuche, a Paula tem de estar na mesa de bilheteira a conversar com o público.:::50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
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56:40
Rita Brito | actriz
Hoje à minha frente está sentada uma actriz com quem tenho passado muito tempo ultimamente. Observá-la em cena, tirar notas, dar notas no final do ensaio, conversar, discutir o texto, o personagem, a relação dramatúrgica, ou a movimentação deste ou daquele objecto têm sido assim os nossos dias...Estreámos a semana passada a mais recente criação que fizemos juntos, 1001 Noites, Irmã Mapuche.Rita Brito é, em cena, Xerazade, a mulher que conta as histórias que eu costurei entre as narrativas mapuche e as tramas persas. Desde 2014, a Rita é mais do que a Xerazade das 1001 Noites do Bando. Entre outras criações, Foi do Inferno ao Paraíso na trilogia da Divina Comédia; em 2016 subiu a exigente escada das palavras do Torga na reposição da Madalena dos Bichos, em 2017 assumiu a sempre hilariante Mafalda do Afonso Henriques, em 2018 enfiou com a Juliana Pinho a cabeça numa Paula Rego de Papel, espectáculo para a infância e juventude que ainda mantemos em reportório.Sejam bem vindos ao podcast (h)à Bando e a esta mesa da criação teatral onde nunca falta pão. Já vão perceber porquê.:::50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
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1:08:37
João Mota | actor, encenador e professor
O nosso convidado já está com o figurino vestido. Só falta aquecer e estará pronto para entrar em cena. Abriu-nos as portas da intimidade da sua memória para falarmos de liberdade e de Teatro e para regressarmos ao pós 25-abril e ao período em que ele e a sua Comuna cedeu durante 7 anos uma sala ao Teatro O Bando.Vivemos juntos até à madrugada de 3 de Maio de 1990, cumprem-se agora 35 anos. Um curto-circuito e flores de papel, provocaram um incêndio que destruiu a sala da Comuna cedida ao Bando e onde estávamos prestes a estrear o espectáculo Terceira Margem do Rio.A estreia foi adiada, foi um momento muito díficil e marcante para todos, mas a amizade e a profunda gratidão por acolherem o Bando neste período tão importante para a vida do grupo, superou as cinzas deixadas para trás.O Bando existe há 50 anos graças à Comuna.Sejam bem-vindos ao podcast (h)à Bando e ao camarim do João Mota.:::50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
Um podcast semanal com 50 entrevistas a pessoas que fazem e continuam a fazer a história do Teatro O Bando.
Com coordenação e direcção de João Neca, a pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo "Afonso Henriques", o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.