LUSOFONIAS - ‘Todos-os-Santos’ e muitos mais…
Tony Neves, em RomaTive a alegria de participar, ‘ao vivo e a cores’, na celebração do Dia Mundial das Missões, na Praça de S. Pedro, em Roma. O Papa Leão apresentou ao mundo os novos Santos, originários da Europa, da Ásia, da Oceânia e da América Latina. Tão plurais como é diverso o mundo em que vivemos e onde a Igreja testemunha o Evangelho de Cristo. Cheguei cedo, fiquei um tempo infinito nas filas de controlo e fui um entre uma multidão que viveu intensamente a Eucaristia, sob um sol de outono que aquecia, mas não torrava.Como sempre acontece quando há canonizações, a fachada da Basílica de S. Pedro decora-se com grandes fotos dos futuros santos. Nesse dia eram sete, o número da perfeição: um Bispo, três Religiosas e três Leigos. Em comum, o seu compromisso cristão até ao fim. Vidas cheias de entrega ao anúncio do Evangelho, a valorizar a celebração do Dia Mundial das Missões naquele 19 de outubro em que a mensagem papal – ainda escrita pelo Papa Francisco – pedia à Igreja ‘gente de Primavera’! Foi também este o coração da homilia do Papa Leão que, no fim, percorreu toda a Praça a saudar os milhares de peregrinos.Mas peguemos em alguns dados das biografias dos novos Santos. D. Inácio Maloyan (1869-1915), arcebispo arménio católico, nasceu em Mardin (Turquia), estudou no Líbano, onde foi ordenado Padre. Foi missionário no Egito e voltou à sua cidade natal como Bispo. Foi preso em 1915 e torturado sob acusação de esconder armas. Obrigaram-no a uma conversão forçada ao islamismo. Não aceitou e foi martirizado. João Paulo II beatificou-o em 2001.