Raimundo, os argumentos da saúde e o regresso do animal feroz
Esta semana surgiu uma nova ministra da Saúde, saiu a rija para dar lugar à empática; discutiu-se se ler nomes de crianças no parlamento é liberdade ou discurso de ódio e regressou José Sócrates, o animal feroz. As eleições de 18 de maio deram ao parlamento a representatividade mais inclinada à direita de sempre. A esquerda que suportou o governo mais estável dos últimos 10 anos está relegada para meia dúzia de lugares sem capacidade para influenciar a governação. Em entrevista ao Facto Político, Paulo Raimundo, secretário-geral do Partido Comunista Português, justifica a queda na representação parlamente com “o ambiente que se vive”, revela as ambições autárquicas e acusa Gouveia e Melo apresentar uma “candidatura populista”. O programa foi emitido na SIC Notícias a 12 de julho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Brilhante Dias, os desafios do PS e a moda dos militares
António Vitorino está fora, mas o anúncio do anúncio de Santos Silva não garante que António José Seguro vá estar sozinho na corrida presidencial a representar a área socialista. Se Carneiro quiser sobrevoar este ato eleitoral, o homem que escolheu para líder parlamentar não concordará. Pedro Nuno Santos assumiu como prioridade do seu mandato à frente do PS o apoio a um candidato forte que fosse capaz de disputar o regresso de um socialista ao Palácio de Belém. Saiu sem conseguir concretizar a promessa, mas na cúpula do novo PS há quem lhe siga os passos. Em entrevista ao Facto Político, Eurico Brilhante Dias assume esse “ponto de convergência” com o antigo Secretário-Geral: “não nos devemos furtar a esse apoio”. Emitido na SIC Notícias a 28 de junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Negrão, os ministros debaixo dos holofotes e o arroz do PS
Fernando Negrão foi um dos poucos social-democratas que criticou Luís Montenegro por não ter encerrado a empresa de família quando foi eleito Primeiro-ministro. Passadas as eleições e reforçada a maioria do atual executivo mantém as reservas, mas vira agulhas para o Ministério Pública. Em entrevista ao Facto Político da SIC Notícias, diz que não consegue “encontrar resposta para a entrega à Polícia Judiciária” dos documentos da Spinumviva. “Não quero acreditar que seja o Ministério Público que não se sente capaz de tomar uma decisão relativamente ao Primeiro-Ministro”. O antigo diretor da PJ critica ainda o Procurador-Geral da República que depois do anúncio do arquivamento do processo de Pedro Nuno Santos disse que o de Montenegro tinha sido enviado para a Polícia Judiciária. Amadeu Guerra “não explicou porque é que entregou o processo de Montenegro à PJ, uma vez que o de Pedro Nuno Santos não foi entregue à PJ. Da parte do MP fica sempre alguma coisa por dizer”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Bruno Nunes, as 10 prioridades do governo e os ataques extremistas
O programa de governo de Luís Montenegro tem uma moção de rejeição que deve ser reprovada na quarta-feira na Assembleia da República. Chega e Partido Socialista estão disponíveis para deixarem o governo entrar em plenas funções e do lado do partido de André Ventura até há elogios. Em entrevista ao Facto Político, o deputado Bruno Nunes encontra “pontos de contacto” entre o documento e as propostas que tem defendido no parlamento: “há muitas medidas do Chega espelhadas”. Apesar de tudo lamenta que o governo não tivesse aberto um caminho de diálogo relativamente a este processo e critica a “falta de visão para se projetar o país a 10 ou 15 anos”. Bruno Nunes pede que se explique “onde queremos estar na europa, como é que nos identificamos como estado, qual a nossa ligação ao mar” e que se esclareça “a ligação aos EUA e à América Latina”. “Falta ambição”, lamenta nesta emissão do Facto Político de 14 de junho, na SIC Notícias.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Bugalho, as ideias de Montenegro e o Presidente que aperta pescoços
Eurodeputado do PSD vai integrar núcleo político da candidatura presidencial de Luís Marques Mendes por entender que “é positivo termos um par seguro de mãos que conhece as instituições”.Num momento em que Marques Mendes vê fugir muitos atuais e antigos militantes do PSD para a candidatura de Gouveia e Melo, consegue segurar um dos recém-chegados à família laranja. Sebastião Bugalho vem ao Facto Político revelar que vai integrar a comissão política do antigo comentador. O órgão é presidido por Francisco Pinto Balsemão e tem como objetivo ser um núcleo político da candidatura presidencial. “Em tempos de incerteza, termos um par seguro de mãos que conhece as instituições é um dado positivo”, explica Sebastião Bugalho, insistindo na ideia que Gouveia e Melo tenta contrariar: a experiência política é uma das grandes vantagens de Marques Mendes.Nesta entrevista, o antigo comentador deixa ainda uma crítica a Rui Rio, o antigo presidente do PSD que agora apoia a candidatura do Almirante: “Rui RIo não percebeu que era criticado por Marques Mendes porque perdeu 4 eleições. Não eram os críticos políticos que estavam a criticar Rui Rio, eram os eleitores”.Novo governo é “eminentemente europeu” Olhando para o novo elenco governativo e para o discurso que Luís Montenegro fez na tomada de posse, Sebastião Bugalho lembra-se da Europa. “Fala da desburocratização, da segurança e defesa e fala da imigração ilegal que são as prioridades da comissão nos últimos sete meses”.Especificamente na defesa, concede que a meta de 2% do PIB para a defesa já este ano não foi levada para a campanha eleitoral, mas justifica isso com a cimeira da NATO que “trará novas metas e novas obrigações aos membros”, lembrando que existem duas modalidades que podem “ajudar Portugal” a atingir essa meta: “O ReArm que tem 150 milhões de empréstimos que podem vir da Comissão e o EDIP que dá aceso até 1.5 mil milhões até 2027”.Nova Legislatura é para “dialogar com todos” O Parlamento Europeu fragmentado é usado por Sebastião Bugalho como um exemplo de como é possível chegar a acordo com os socialistas para pôr em marcha reformas importantes. Mas não há parceiros preferenciais: “Não excluímos ninguém, e não teremos nenhum interlocutor privilegiado”.Sobre as propostas de José Luís Carneiro para cinco reformas, o eurodeputado do PSD pede aos socialistas que invertam o sentido da política que parecem estar a querer seguir: “Conversaremos e dialogaremos com base no programa da AD. Cabe à oposição manifestar a sua disponibilidade face às nossas ideias, né a nossa disponibilidade face às ideias dos outros”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Entre todos os factos que nos passam pelas mãos, os factos políticos são os nossos favoritos. Com o jornalista Diogo Teixeira Pereira, vamos tentar descobri-los nas entrelinhas dos discursos e nas conversas com os protagonistas da semana política. No final, fazemos uma previsão da meteorologia política para os dias seguintes que, se tudo correr como o previsto, vai falhar quase sempre. Facto Político, todos os sábados na SIC Notícias e em podcast.