O presidente da Assembleia da República diz que temos de ter a “capacidade de ouvir a coisa mais abjecta”. Nomes de crianças do pré-escolar, para as apontar a dedo como indesejáveis, contam? Como classificar a indignação por haver crianças a irem à escola? Entretanto, na câmara de Oeiras, a filha do presidente está ao serviço da autarquia há anos como psicóloga dos funcionários. Que tal estamos de incompatibilidades? E em que momento pode um jornalista tornar-se notícia? Se Sócrates critica a comunicação social, pode a comunicação social dizer que se recusa a “dar-lhe palco”? A capacidade de ouvir certas coisas está muito mal distribuída. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Livros da semana: mulheres, Zé Povinho, Agustina e ficção
Esta semana temos na estante “A Corte das Mulheres”, de André Canhoto Costa; o álbum “Zé Povinho nos dias de hoje, a comemorar os 150 da figura icónica criada por Rafael Boldalo Pinheiro; “As Casas da Vida de Agustina”, em que a filha Mónica Baldaque volta a escrever sobre a mãe; e “Máquinas de Ficção”, de Paulo José Miranda, com crónicas do primeiro vencedor do Prémio Saramago.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Feriados e banco dos réus
Pela primeira vez um ex-primeiro-ministro está sentado no banco dos réus acusado de corrupção. E ainda há quem diga que não acontece nada neste país. Para memória futura fica a hipótese de Augusto Santos Silva vir a ser candidato presidencial. A possibilidade não se concretizou, mas Seguro é que nem com molho de tomate: Santos Silva espera que avance um independente. No Brasil, Lula da Silva quer comemorar a consolidação da independência; a expulsão das últimas tropas portuguesas pode resultar num novo feriado a 2 de Julho. E se o comemorássemos também em Portugal?See omnystudio.com/listener for privacy information.
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50:07
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Livros da semana: predadores, longitude, paranóia e poesia
Esta semana, temos na estante “A Hora dos Predadores”, de Giuliano da Empoli; “A longitude do mundo”, de José María Moreno e Henrique Leitão; “O estilo paranóico na política americana”, de Ricardo Hofstadter: e a poesia de António Franco Alexandre com a reedição de “Os Objectos Principais”See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Ricardo Araújo Pereira e o julgamento Anjos vs. Joana Marques: “Lembro-me de se falar dos limites do humor sobre Maomé ou Jesus. Agora estamos a discutir a interpretação de dois cantores numa pista de motas”
"Não me escapa o ridículo de ser o comentador oficial deste assunto, mas prefiro isto a estar calado". Na Edição da Noite da SIC Notícias desta terça-feira, Ricardo Araújo Pereira relata a Rodrigo Pratas a experiência como testemunha no julgamento de Joana Marques em tribunal, processada por uma piada sobre a prestação de Nelson e Sérgio Rosado, dupla conhecida como Anjos, a cantar o hino de Portugal. "O humor não pode ser julgado como se fosse um crime", refere o "comentador oficial", relembrando que "as pessoas ofendem-se com várias coisas. Às vezes, até factos e verdades. Isso não significa que a gente vá proibir factos e verdades". E confessa: "não me senti réu, mas, num certo sentido, senti-me: se a Joana for condenada, eu também sofro. Em primeiro lugar, também sofro. Sofrem todos os que têm a mesma profissão da Joana. E, em segundo lugar, sofre qualquer cidadão".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sobre Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer
Para mudar o mundo, eles mantêm-se na sombra. Um programa da SIC Notícias com João Miguel Tavares, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira e coordenação de Carlos Vaz Marques