SIC: do Zero ao Infinito? De um para sete canais - e para o streaming e para o esports (parte II)
Na segunda parte do 2º episódio da 4ª temporada, Francisco Pinto Balsemão detalha a trajetória da SIC e do Grupo Impresa. Destaca-se a tentativa de aquisição dos direitos dos jogos do Benfica em 1997, o confronto com Joaquim Oliveira e o domínio da Olivedesportos. A SIC expandiu-se com canais temáticos e internacionais, como a SIC Notícias e a SIC Radical, e investiu em ficção nacional com êxito, após parcerias com a Globo e a SP Televisão. A SIC Filmes revelou talentos com telefilmes como “Amo-te, Teresa”. A informação tornou-se pilar central, com telejornais longos e premiadas reportagens. A crise de audiências com o “Big Brother” levou à saída de Emídio Rangel. Uma parte deste longo episódio é dedicado à Ongoing, que tentou tomar o controlo da Impresa, mas foi derrotada judicial e financeiramente. Em 2012, Balsemão passou a Chairman e nomeou Pedro Norton como CEO, sucedido em 2016 por Francisco Pedro Balsemão, que impulsionou a digitalização, lançou a OPTO e vendeu ativos não estratégicos. Daniel Oliveira revitalizou o entretenimento e Cristina Ferreira impulsionou audiências antes de regressar à TVI. A Impresa mantém-se independente, com foco na inovação e na sustentabilidade, mas com grandes desafios pela frente. No próximo episódio Balsemão vai falar sobre como a aprendizagem de línguas estrangeiras foi vantajosa ao longo da vida.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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3:33:21
SIC: Do Zero ao Infinito? (parte I)
Na primeira parte do episódio “SIC: Do Zero ao Infinito”, Francisco Pinto Balsemão traça o percurso da fundação da primeira televisão privada portuguesa, desde a ideia inicial nos anos 80 até à consolidação da SIC como líder de audiências. O relato detalha os desafios políticos, legais e financeiros enfrentados para romper o monopólio da RTP, bem como a articulação com dezenas de investidores nacionais e internacionais, incluindo a parceria estratégica com a Globo. A narrativa percorre episódios marcantes como a transformação de um armazém de bananas em Carnaxide na sede da estação, a contratação de figuras-chave como Emídio Rangel e Maria Elisa, e a aposta em formatos inovadores de informação e entretenimento. A SIC destacou-se pela ousadia editorial, pela proximidade com o público e pela capacidade de adaptação ao mercado. Balsemão também aborda os conflitos entre acionistas, os riscos assumidos e a evolução do projeto até à entrada da Impresa em bolsa. Este episódio é um testemunho direto sobre a transformação dos media em Portugal e o impacto da SIC na paisagem televisiva nacional.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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3:22:50
Depois da Política Partidária: o Expresso novamente
Neste capítulo das Memórias, Francisco Pinto Balsemão regressa ao jornalismo e relata os bastidores do Expresso, os conflitos com antigos aliados e a sua luta pela liberdade de imprensa — mesmo quando era ele próprio o alvo. “Se ele não manda no jornal que criou, como há-de mandar no país?” O fundador do semanário enfrentou críticas, traições e transformou o jornalismo português. A sua postura, muitas vezes interpretada como fraqueza, é aqui apresentada como um compromisso inabalável com a liberdade de imprensa. Balsemão detalha também os bastidores da gestão do Expresso, as mudanças de direção, os novos formatos e cadernos e as tentativas de "matar o pai" por parte de antigos colaboradores que lançaram projetos concorrentes. “No fundo, repito, tentaram matar o pai. Que me lembre, nenhuma conseguiu. O ‘pai’ continua vivo...” No próximo episódio, o narrador das Memórias leva-nos a conhecer a SIC, do zero ao infinito? De um para sete canais (e para o streaming e para o esports).See omnystudio.com/listener for privacy information.
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3:14:39
Saída da Política (1983-1986 e depois)
Neste episódio, Francisco Pinto Balsemão conta pormenores dos bastidores da saída da vida política ativa, entre 1983 e 1986. Após deixar o cargo de Primeiro-Ministro por vontade própria, Balsemão enfrentou o isolamento dentro do PSD, a indiferença dos seus pares e a dissolução de alianças políticas. Num relato franco, descreve o Congresso de Montechoro, o afastamento do Parlamento e a breve passagem pelo Parlamento Europeu, marcada por desilusões e disputas internas. Lembra também a sua tentativa de manter-se relevante através do Instituto Francisco Sá Carneiro, onde liderou iniciativas inovadoras e formativas, e a sua resistência em aceitar cargos que o afastariam do jornalismo e da comunicação social. O percurso de um homem dividido entre a lealdade ao partido e a frustração com as “máquinas trituradoras” da política, que sacrificam os seus próprios líderes em nome da sobrevivência - afirma Balsemão. Mesmo afastado da vida política ativa, o fundador do Expresso nunca deixou de observar, influenciar e participar, mantendo viva a chama de um ideal político que foi sempre maior do que qualquer cargo. No próximo episódio entramos na IV temporada, depois da política partidária: o Expresso, a SIC e outras coisas, desde 1983. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:39:48
O fim da AD (1982-1983)
Neste episódio, Francisco Pinto Balsemão lembra os últimos atos como primeiro-ministro do VIII Governo Constitucional, as eleições autárquicas de dezembro de 1982, a sua demissão do cargo governativo e as etapas que levaram ao IX Governo Constitucional, com Mário Soares como primeiro-ministro, em junho de 1983. "A decisão de sair de Primeiro-Ministro foi um ato de vontade. Vontade de regressar à minha atividade profissional, com a consciência tranquila de ter cumprido o melhor que soube e pude, durante 3 anos full-time, o 'serviço cívico' na política". O líder do PSD explica ainda a sua relação difícil com Diogo Freitas do Amaral (vice-Primeiro-Ministro) e a traição de Marcelo Rebelo de Sousa, assumindo que os partidos políticos "são máquinas trituradoras". Por fim, Balsemão reconhece que a sua vocação "foi e será sempre os media, a liberdade de expressão, a relação entre a comunicação social e a democracia". O próximo episódio será dedicado à saída da política (1983-1986 e depois). See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nestas memórias, Francisco Pinto Balsemão guia-nos pelas suas origens beirãs, pela extensa família, pelo bairro da Lapa, a Quinta da Marinha, a Duque de Palmela e o mundo das suas viagens; mas leva-nos também ao universo da sua infância, ao Liceu Pedro Nunes, à Faculdade de Direito, à Força Aérea e à sua incursão pelo ensino universitário. Não fica, no entanto, por aqui: abre-nos as portas das empresas familiares, do Diário Popular, do Expresso, da SIC, e não só; apresenta-nos os meandros da política – no seu melhor e no seu pior –, desde a aventura da Ala Liberal e o PSD, até hoje não esquecendo alianças e traições.
Muitas histórias, onde perpassam aventuras e devaneios, mas nas quais sobressaem os amigos e, primordialmente, a mulher, os filhos e os netos. Aqui se escalpeliza toda uma vida, um percurso ímpar que contribuiu decisivamente para formar o Portugal de hoje.
'Memórias' é uma janela aberta para a vida de Francisco Pinto Balsemão e uma visita guiada pelo seu caminho e pela sua obra.Com o objetivo de partilhar mais ampla e gratuitamente a sua vida e obra com o grande público, todo o livro é reproduzido em quatro temporadas de podcast, num total de 24 episódios.
'Memórias de Francisco Pinto Balsemão' é um podcast do Expresso, editado pela agência de inovação Instinct a partir da voz de Francisco Pinto Balsemão, com sonoplastia de João Luís Amorim, coordenação de Mónica Balsemão e Joana Beleza, direção de João Vieira Pereira.
Baseado na obra homónima publicada pela Porto Editora, contou ainda com a participação especial de Clara de Sousa na leitura de capítulos e subtítulos.