A Vida em Revolução. Artur Santos Silva e a ruptura com Sá Carneiro em 1974: “A saída do PPD foi um mau momento, uma coisa de muitos impulsos” — parte II
Os insultos no Bolhão a Otelo e Corvacho. A insólita reunião do Conselho de Ministros antes do cerco ao Parlamento. A conspiração entre Soares, Zenha e Sá Carneiro sobre a greve do Governo. Os 220 processos de saneamento em bancos e seguradoras. O afastamento do PPD e o pedido de demissão do Governo. Segunda parte da conversa com Artur Santos Silva: “Olhando para trás, não fiz nada que me tenha repugnado. Nada.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
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53:11
A Vida em Revolução. Santos Silva: “Sá Carneiro disse-me: ‘Artur, não fique cá. Eu vou-me embora para Inglaterra’”
Artur Santos Silva passou o 25 de abril de 1974 em casa do vizinho Francisco Sá Carneiro, no Porto, que ia sabendo da revolução por telefonemas de Balsemão e Marcelo. Celebraram com champanhe e conversaram sobre a construção de um partido social-democrata. Indicou vários nomes de fundadores do PPD, mas pôs-se de fora da comissão política, por não querer deixar o seu trabalho como diretor do Banco Português do Atlântico. O plano económico do “ventre mole da revolução”. O choque das nacionalizações e o pânico com as detenções de empresários.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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55:48
A Vida em Revolução. Tozé Brito: “No quartel votámos contra sair à rua para travar o Jaime Neves. Ou morríamos todos ou dava guerra civil”
O músico Tozé Brito pagou dez contos a um agente da PIDE para fugir do país e exilar-se em Inglaterra como tradutor, para escapar à guerra de África. Voltou no Natal de 1974 e viveu o quente ano de 1975 nos quartéis, a dar instrução sobre armas pesadas. Participou em campanhas de alfabetização no interior, onde viu a magia da chegada da luz elétrica e da televisão — e um homem ainda lhe perguntou pelo rei, 65 anos depois do fim da monarquia. Aos fins de semana dava concertos com o Quarteto 1111, que continuou a fazer músicas sobre o amor, apesar da mudança política na música: “Só havia espaço para a esquerda e para quem cantava a Revolução. Era massacrante estar a ouvir aquilo”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:06:06
A Vida em Revolução. Pezarat Correia: “O Vasco Gonçalves estava extremamente perturbado na parte final do governo dele”
O choque violento com Vasco Gonçalves na assembleia do MFA. As influências que viravam Otelo no Copcon. As longas reuniões do Conselho da Revolução. Os agricultores armados para se defenderem das ocupações. E a granada que rebentou numa manifestação. Segunda parte da conversa com o general Pezarat Correia, que foi membro do Conselho da Revolução e comandante da Região Militar Sul.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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43:05
"Como é que se mete assim a matar?" Otelo e as FP
Otelo Saraiva de Carvalho foi condenado em tribunal por fundar e pertencer às FP-25. Apesar das provas, sempre o negou. Quem era Otelo na organização terrorista?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Durante 5 meses, uma equipa do Observador fez dezenas de entrevistas a protagonistas do caso FP25 de Abril. Ouvimos magistrados, vítimas e operacionais para contar a história da organização terrorista que matou 13 pessoas.