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Pergunta Simples

Jorge Correia
Pergunta Simples
Último episódio

Episódios Disponíveis

5 de 233
  • O que nos ensina a doçura sobre comunicação? Rita Nascimento
    Rita Nascimento, “La Dolce Rita”, mostra como a doçura comunica. Uma conversa sobre prazer, memórias e a arte de transformar sabor em afeto.
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    49:22
  • Como fotografar a emoção? José Sena Goulão
    O poder de olhar: o que o fotojornalismo ensina sobre comunicar Vivemos cercados de imagens. Fotografias, vídeos, fragmentos de realidade que passam depressa demais. Mas há uma diferença entre ver e olhar. Entre registar e compreender. Entre captar o instante — e perceber o que ele significa. Como fotografar a emoção? José Sena Goulão. Neste episódio do Pergunta Simples, a conversa é com José Sena Goulão, fotojornalista da Agência Lusa, autor de algumas das imagens mais marcantes da história recente de Portugal — como aquela, em pleno confinamento, de um homem sozinho a subir a Avenida da Liberdade com uma bandeira às costas. Mais do que falar de técnica, esta conversa fala de sentido: do que o fotojornalismo nos ensina sobre comunicar com verdade, emoção e responsabilidade. A fotografia como linguagem Desde que existe, a fotografia é uma forma de comunicar. De traduzir o mundo em luz. De transformar o instante em memória. Mas o mundo mudou. Hoje, qualquer um de nós tem uma câmara no bolso. E, com isso, o poder — e o risco — de publicar, manipular, distorcer. A fotografia, que nasceu como prova, tornou-se um território de dúvida. E é por isso que vale a pena ouvir quem continua a acreditar na imagem como linguagem de serviço público. O enquadramento é uma escolha ética. José Sena Goulão percorre há mais de quatro décadas o país e o mundo com uma câmara ao ombro: do Parlamento às bancadas do futebol, das cerimónias de Estado às praias de Carcavelos ao nascer do sol. Para ele, o enquadramento é tudo. É a linha que separa o que se mostra do que se omite. E essa linha é sempre ética. Na fotografia — como na comunicação — enquadrar é interpretar. É decidir o que é essencial e o que fica fora de campo. É escolher o foco, e com isso, construir um ponto de vista. Toda a fotografia revela tanto de quem fotografa como de quem é fotografado. E é nesse espelho — muitas vezes invisível — que se joga a honestidade do olhar. A emoção é o centro da verdade As fotografias que ficam não são as mais perfeitas. São as que tremem, as que respiram, as que captam o que é humano. Uma imagem pode ser tecnicamente irrepreensível e, ainda assim, vazia. O contrário também é verdade: uma fotografia imperfeita pode ser comovente, memorável, real. A emoção é o que transforma o registo em relato, e o relato em memória coletiva. É o que liga o que acontece ao que sentimos. E é também o que torna a comunicação — em qualquer contexto — profundamente humana. A ética é inseparável do olhar. Num tempo em que a inteligência artificial fabrica rostos que nunca existiram e paisagens que nunca aconteceram, o olhar humano torna-se um ato moral. Fotografar — como comunicar — é assumir responsabilidade. É compreender que há sempre uma fronteira entre mostrar e explorar, entre informar e invadir. A credibilidade nasce precisamente daí: da capacidade de respeitar quem está do outro lado da lente, do microfone ou da palavra. O fotojornalismo, neste sentido, é mais do que uma profissão: é uma missão pública. Ver, compreender e contar — antes que o ruído apague o essencial. A verdade não é perfeita, mas é necessária. A fotografia de José Sena Goulão no 25 de Abril de 2020 — um homem sozinho a subir a Avenida da Liberdade com a bandeira de Portugal às costas — tornou-se um símbolo desse compromisso. Num país confinado, foi uma pergunta em forma de imagem: o que é a liberdade, quando quase nada se pode ver? Foi também uma prova de que a verdade não precisa de ser perfeita para ser poderosa. Basta ser honesta. E essa talvez seja a lição mais urgente sobre comunicação: a verdade comove mais do que o filtro. Comunicar é resistir à indiferença. No fim desta conversa, uma ideia fica clara: Comunicar bem é manter o foco quando tudo em volta distrai. Ver, compreender e contar. Três verbos simples.
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    1:03:54
  • Triângulos amorosos: por que nos metemos nisso? José Gameiro
    Triângulos amorosos, desejo e silêncio. Porque comunicamos tão mal no amor — e o que nos leva, afinal, a repetir os mesmos erros? Uma conversa com José Gameiro sobre culpa, escuta e a arte de compreender o outro sem o perder.
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    53:17
  • O que as cores nos ensinam sobre comunicação? Miguel Neiva
    Imagina um mundo onde as cores não se distinguem.Onde o vermelho e o verde se confundem, o azul é um rumor distante, e o laranja — aquele que te faz lembrar o verão — é apenas um tom indecifrável.É esse o mundo de 350 milhões de pessoas no planeta: o mundo dos daltónicos.Mas este episódio não é sobre visão. É sobre comunicação — sobre como o modo como representamos o mundo pode incluir ou excluir milhões de pessoas. O que as cores nos ensinam sobre comunicação? um tema essencial para entendermos melhor a diversidade na percepção das cores. A cor, afinal, é linguagem.E quando uma linguagem não é compreendida, o resultado é o mesmo de qualquer conversa mal traduzida: ruído, frustração, isolamento.Foi ao reparar nesse ruído que um ‘designer’ português, Miguel Neiva, decidiu criar o ColorADD: um código visual que permite a quem não distingue cores… distinguir o mundo. O que as cores nos ensinam sobre comunicação? Miguel Neiva é uma reflexão que merece ser partilhada. Parece uma ideia simples — e é precisamente aí que está o génio.Porque comunicar bem é quase sempre isto: traduzir o complexo em claro, o técnico em humano, o invisível em visível.O ColorADD nasceu no cruzamento entre design e empatia — e tornou-se uma nova forma de linguagem.Mas esta conversa vai muito além do código. É sobre o que significa comunicar com propósito.E sobre o que o design, a ciência e o ensino podem aprender uns com os outros quando o objetivo é servir o ser humano. O que as cores nos ensinam sobre comunicação? Miguel Neiva deve ser uma parte vital de nosso entendimento sobre as relações humanas. Num tempo em que tanto se fala de inovação, o que distingue uma boa ideia de um simples artifício é a capacidade de resolver um problema real de forma compreensível a todos.É isso que Miguel Neiva nos ensina: que o design é, no fundo, uma forma de tradução — a arte de dar forma visível às necessidades invisíveis. Ao longo da conversa, há três grandes lições de comunicação que ficam:1. A clareza é uma forma de respeito.Quando simplificamos uma mensagem, não a empobrecemos: tornamo-la acessível.E isso é um ato ético, não estético.2. Uma boa ideia só existe quando é compreendida.É fácil criar símbolos, difícil é criar significado.A comunicação verdadeira exige empatia — ver o mundo com os olhos dos outros, mesmo quando esses olhos não veem as mesmas cores.3. O design é linguagem.Cada forma, cor, símbolo ou ausência deles comunica.O segredo está em desenhar para todos, e não apenas para quem já entende o código. Há, portanto, algo de profundamente político e humano nesta conversa.Falamos de um sistema de cores, mas também de como nos vemos e ouvimos uns aos outros.De como o ruído, o preconceito e o ego são as verdadeiras “cores trocadas” da comunicação humana. No fundo, esta é uma história sobre o poder da simplicidade.Sobre como uma linguagem clara pode tornar o mundo mais habitável, mais justo — e mais bonito.E talvez seja esse o papel de quem comunica, ensina ou lidera: transformar o invisível em compreensão.Como Miguel Neiva fez com as cores, também nós podemos fazer com as palavras. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO 00:00:00:00 - 00:00:06:10 Desconhecido Viva Miguel Neiva, designer conhecido por ser o criador do Colorado. 00:00:06:13 - 00:00:37:07 Desconhecido Vamos já falar sobre isso. Um código de cores que ajuda as pessoas daltónicos a saber que cor é aquela que ali está. Quem não é daltónico provavelmente nem sequer entende bem a dificuldade de disrupção que pode significar no mundo dessas pessoas. Viva Miguel, Tens uma cor favorita? Tenho uma coisa favorita e é muito curioso. Eu visto sempre de preto e se me perguntares como que preto não, confesso que não sei, mas a minha cor favorita é o laranja. 00:00:37:09 - 00:01:10:24 Desconhecido Isso é muito engraçado porque. Memórias de infância O laranja era a cor sempre desprezada pelos meus amigos quando jogávamos jogos. E pior que o amarelo,
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    52:53
  • Como continuar a comunicar quando a vida apaga a luz? Ricardo Miguel Teixeira
    Quando a vida apaga a luz, nasce outra forma de comunicar. Um episódio sobre humor, linguagem e corpo — e sobre como a diferença pode transformar-se em força e ensinar-nos a ver melhor.
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    54:32

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Sobre Pergunta Simples

O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.
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