O que é que se faz ao que fica por dizer? Apaga-se para sempre… Ou fica “Debaixo da Língua”? Depois de quase dois anos (séculos?) fora da rádio, Rui Maria Pêgo ...
Actriz multi-disciplinar, Isabél Zuaa é uma intérprete e criadora portuguesa com raízes familiares na Guiné-Bissau e em Angola. No coração, cabe ainda o Brasil, e, claro, Portugal, território onde nasceu. Inventora de mundos, cresceu sem se ver num país que insiste em não debater a sua história colonial. Para dar fôlego à mudança, levantou um espelho do tamanho de um palco, quando levou o colectivo Aurora Negra ao Teatro Nacional D.Maria II, com as co-criadoras Cleo Diára e Nádia Yracema, uma trilogia que regressará em breve. Antes disso, o Brasil, país que lhe deu oportunidades únicas no teatro e no cinema, e, também, com justiça, os prémios - venceu o prémio de Melhor Actriz no Festival de Cinema de Gramado, em 2020, por "Um Animal Amarelo", de Felipe Bragança, entre outros. As distinções, os espectáculos, e os filmes sucedem-se, trabalhando com realizadores tão diversos quanto Marcelo Gomes, o português João Botelho, Laís Bondansky, Simão Cayatte, ou Bernardo Lopes. Como assumir o nosso protagonismo? O que é a síndrome "das pessoas boazinhas"? Conheça melhor Isabél Zuáa, uma das figuras mais interessantes da cultura lusófona contemporânea.
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Vasco Pereira Coutinho
Nem todos os percursos são evidentes, muito menos para quem usa o humor para fintar as sombras da vida. Vasco Pereira Coutinho é um actor português recem-formado, e uma figura seguida por milhares de pessoas nas redes sociais. Nos últimos anos, desdobra-se em personagens cómicas como quem bebe cafés e já instituiu no léxico do país a importância de se dizer que comprámos "tomate", no singular, e não tomates. Nem todos os heróis usam capa... Alguns preferem uma capeline que fica lindamente.Depois de uma passagem pelo seminário para padres em Roma, trabalhou com pessoas com deficiência e, em Portugal, na acção social com toxicodependentes.Será que a erosão desse trabalho nos mata a vontade de rir? Qual o lugar da fé quando escolhemos caminhos diferentes? Haverá um bichinho do Teatro?Conversa com um dos novos nomes do humor português já disponível.
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Alexandra Lucas Coelho
56 anos. Escritora. Alexandra Lucas Coelho cobriu grande parte dos acontecimentos mundiais que esculpiram a nossa realidade actual. Da queda da União Soviética, ao 11 de Setembro, às guerras da Bósnia ou do Iraque, esteve ainda na Ucrânia e morou em Jerusalém e no Rio de Janeiro. Pelo caminho escreveu 14 livros. Entre a narração do real, e a ficção, venceu, em 2022, o prémio "Oceanos" por "Líbano, Labirinto". Colunista do jornal "Público", é uma das vozes mais corajosas na imprensa portuguesa na condenação das acções do Estado de Israel na Palestina, terra tão devastada que visitou múltiplas vezes nos últimos 20 anos. Uma conversa sobre literatura, violência, humanidade, redenção e - acredite -, esperança.
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Sónia Balacó
Sónia Balacó tem 40 anos e nasceu em Peniche. Poeta, actriz, modelo, e agora realizadora, ainda este mês veremos a estreia da sua primeira incursão na realização - "Prisma", série que está quase a chegar à RTP play. Para trás, um longo percurso como actriz que já a viu colaborar com o realizador Gabriel Abrantes, ou a fundar a sua própria companhia de teatro, a "Há que dizê-lo".Há 9 anos publicou o seu primeiro livro de poesia "Constelação". Acaba nos últimos dias de anunciar "Rosa", um novo passeio pela sua cabeça, neste caso, dos 20 aos 30 anos. Como é viajar pelas nossas identidades passadas? Há vergonha? Há violência? Há... Compaixão?Será que a Sónia, aos 25, imaginaria um dia que seria a freira grega Tamar em Vikings Valhala, produção estratosférica que já pode ver na Netflix? O melhor é ouvir a conversa e descobrir.
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Lena d'Água
Há quem diga que se os norte-americanos têm Billie Holiday, e os brasileiros Elis Regina, em Portugal, temos Lena D'Água! Ou Lenda D'Água. Cinco décadas, e muitas versões depois - quantos funerais fazemos em vida a quem já fomos? -, Lena D'Água é uma estrela Maior da música portuguesa. Na banda-sonora das nossas vidas são dezenas os temas com a sua voz. "Sempre que o amor me quiser", "Jardim zoológico", "Papalagui". A lista é longa. Com uma voz à prova de bala, canta "Desalmadamente" e venceu o prémio José Afonso pelo disco com esse nome, em 2020. Quase cinco anos depois leva-nos a um "Tropical Glaciar", com autoria de Pedro da Silva Martins, mais divertida e ecológica do que nunca. Da estreia nas canções com os Beatniks em 76', ao óleo essencial de funcho que aromatizou esta conversa com Rui Maria Pêgo... Lena D'Água fala de amor, música, os seus antepassados, o machismo dos anos 80 e as pesquisas que faz quando ninguém está a ver.
O que é que se faz ao que fica por dizer? Apaga-se para sempre… Ou fica “Debaixo da Língua”? Depois de quase dois anos (séculos?) fora da rádio, Rui Maria Pêgo regressa a casa – à Rádio Comercial – cheio de conversas por ter. Todas as semanas, um novo encontro com protagonistas de várias áreas; Em todos os programas, uma pergunta: “O que é que tens Debaixo da Língua?”. Às vezes, pode ser só um comprimido para a tensão. Mas e se não for? Ligue-se, todas as quintas...Pode ser que a solução para os seus problemas passe por aqui!Um podcast Rádio Comercial.