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Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira
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  • Pedro Siza Vieira: “O Governo escolheu tratar a imigração como um tema de combate político”
    Há uma terceira via para a paz no Médio Oriente. Donald Trump apresentou um plano para o pós-guerra pensado por Tony Blair e a proposta de paz já foi aceite por todos menos pelo Hamas, que não tem, no entanto, espaço de manobra para dizer não. Até os países árabes da região aplaudem a perspectiva do fim da guerra. Como chegámos aqui? É esta a vitória que falta ao presidente dos Estados Unidos para ganhar o Prémio Nobel da Paz? Por cá, os estrangeiros têm uma nova lei aprovada no Parlamento, outra vez, num acordo entre a AD e o Chega. O PS vai acenando e mostrando disponibilidade, cada vez que o governo precisa de uma maioria parlamentar, mas tem-lhe sido reservado o papel de figurante. Com eleições locais marcadas para daqui a semana e meia, os candidatos andam de porta em porta e, para além da ajuda dos líderes de cada partido, até já misturam com campanha para as presidenciais. No Parlamento, onde um secretário da mesa, deputado do Chega, provoca uma deputada socialista atirando beijinhos e outro deputado do mesmo partido confunde “morada” com “porrada”, perante um exaltado líder parlamentar do PSD, que parecia estar numa discussão de trânsito, Aguiar-Branco admite que talvez seja necessário rever a conduta dos deputados. Mas sem prever sanções para os deputados que violem o código, porque o presidente da Assembleia da República acredita que “a maturidade e a responsabilização de cada um pela forma como exerce o seu mandato deve ser julgada quando os portugueses forem votar.” O Bloco Central é moderado por Paulo Baldaia, a opinião que conta é do Pedro Marques Lopes e do Pedro Siza Vieira, a sonoplastia é do Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:02:37
  • Pedro Siza Vieira: “Nos Estados Unidos já se vive numa autocracia”
    Enquanto Trump anuncia ao mundo que a Europa, por causa do combate às alterações climáticas e à imigração, está a morrer, a democracia nos Estados Unidos da América, com ataques sistemáticos do seu presidente, está já de pés para a cova. Mas há quem esteja a lutar por ela. Jimmy Kimmel voltou ao activo, depois de receber o apoio de Stephen Colbert, Jon Stewart, Seth Meyers e Jimmy Fallon. Obviamente todos eles na mira de Trump, que já tinha deixado claro que odeia os opositores e não quer o melhor para eles. O ataque à liberdade de expressão é feito às claras. A Casa Branca não se limita, no entanto, a tentar destruir os alicerces da democracia americana. Num relatório recente de um think tank pan-europeu é exposta a estratégia norte-americana de dividir e secundarizar os aliados europeus. Com mais ou menos colaboração, o apoio à extrema-direita europeia é central nesta estratégia. Posta em causa a ocidente e testada ao limite a leste, a Europa vacila na hora de responder às constantes violações do seu espaço aéreo por drones e aviões russos. Por cá, caminhamos a passos largos para as eleições autárquicas, os debates vão-se sucedendo, como se sucedem as noticias sobre o elevador da Glória e os incómodos que isso causa na candidatura de Carlos Moedas. No Bloco Central, Paulo Baldaia modera a conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira. A sonoplastia é de Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:02:14
  • Pedro Siza Vieira: “Ventura matou politicamente Passos Coelho e disse: ‘À direita sou eu e mais ninguém’”
    Começa a ser perigoso dizer que o mundo está perigoso porque, como na história de Pedro e o Lobo, já parece que ninguém quer saber que o mundo está mesmo a ficar mais perigoso. Putin faz gato sapato da Europa e lança um enxame de drones na Polónia, porque sabe que a resposta da Europa será pífia. Trump apoia Israel, que leva a cabo um genocídio em Gaza, e ataca o Hamas no Catar, aliado dos Estados Unidos na região. Os países com maior poderio militar ou são ditaduras ou são liderados por radicais de direita que muito contribuem para a instabilidade global. Bolsonaro e os seus cúmplices foram julgados e condenados pelo Supremo brasileiro. No entretanto, a extrema-direita alemã triplicou os votos nas autárquicas do estado mais populoso do país e, por cá, já aparece à frente em estudos de opinião, dando balanço para que Ventura se tenha apresentado como candidato presidencial. Mas antes de chegarmos a essas eleições, vamos ter de passar pelas autárquicas, onde a expectativa é que o Chega tenha um crescimento exponencial. Já começaram os debate e nós avaliamos o da capital. A ministra da saúde continua em avaliação e o Presidente promete para outubro um diagnóstico que pode significar uma complicação política para Ana Paula Martins. Está com o Bloco Central, numa conversa de Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, moderação de Paulo Baldaia e sonoplastia de Gustavo Carvalho. BLOCO CENTRAL DOS INTERESSES PEDRO SIZA VIEIRA “Isto Vai Doer” “This is Gonna Hurt”, no original, é uma minissérie da BBC inspirada no livro de memórias com o mesmo título do médico Adam Kay. É uma excelente série, com personagens complexos e dramaticamente muito conseguida, que relata com extremo realismo o trabalho num serviço de ginecologia e obstetrícia do NHS britânico. Quando falamos dos problemas do nosso SNS, é bom ver tão bem ilustrada uma realidade muito semelhante, com profissionais extremamente desgastados pelas longas horas, pela complexidade das situações clínicas e pelo impacto que isso tem nas suas vidas pessoais. Os atores são excelentes - desde logo o extraordinário Ben Whishaw - e a série mostra como, apesar do desgaste em que os profissionais vivem, é no NHS que as situações mais complexas são resolvidas com extrema capacidade, e como a motivação das equipas vem do seu sentido de serviço e da vontade de ultrapassar os desafios clínicos mais exigentes. PEDRO MARQUES LOPES “I Care”, da banda Turnstile Os Turnstile são um banda de Baltimore, USA. Iniciaram a atividade em 2010, mas só há pouco tempo se tornaram conhecidos em termos globais. Costumo dizer que são os Arctic Monkeys dos primeiros tempos da banda de Sheffield. Difíceis de catalogar, há quem fale de pós punk, indie, etc. Para mim, é uma grande banda indie de guitarras. Deram um grande concerto no Primavera Sound deste ano e voltam a Portugal dia 26 de novembro. Fica o “I Care” do último álbum, “Never Enough”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:08:45
  • Pedro Marques Lopes: “Quando precisávamos de liderança, Carlos Moedas fugiu, mentiu e difamou”
    Enquanto a política interna francesa dá ideia de estar a patinar, com o terceiro primeiro-ministro indicado por Macron no espaço de um ano, e regressam as manifestações para parar o país, a França desliza para o abismo. Paris tem uma dívida pública que ultrapassa em muito os 100% do PIB, com tendência para crescer como se percebe do défice orçamental que está nos 5,8. Pedir ajuda ao FMI não é cenário que se possa descartar. Isto já seria problema bastante para abanar a Europa, que teima em mostrar-se impotente para ajudar a Ucrânia a chegar à paz e é, agora, sistematicamente provocada pela Rússia. O assunto é mais sério do que nunca e, parecendo querer testar as linhas da NATO, drones russos violaram o espaço aéreo da Polónia. Donald Tusk advertiu que a perspectiva de conflito militar está mais próximo do que em qualquer momento desde a Segunda Guerra Mundial. O primeiro-ministro português está na China. É o primeiro governante ocidental a visitar Pequim depois de na semana passada Xi Jinping ter mostrado a sua força ao mundo em oposição à hegemonia do ocidente liderado pelos Estados Unidos. Nos meios diplomáticos circula a informação de que Trump estaria a pressionar a Europa para aplicar tarifas de 100% à China e à Índia, como forma de acabar com a guerra na Ucrânia. Por cá, a queda do Elevador da Glória mostrou um incumbente sem elevação para participar no debate político, a um mês das eleições autárquicas. Para malhar no PS, deixando na paz do senhor o Chega que apresentou uma moção de censura na Assembleia Municipal, Carlos Moedas insultou e disse umas inverdades — eufemismo usado no debate político para descrever uma mentira. Está com o Bloco Central. Paulo Baldaia modera a conversa em que a opinião que conta é de Pedro Marques Lopes e de Pedro Siza Vieira. A sonoplastia deste podcast é de Gustavo Carvalho. BLOCO CENTRAL DOS INTERESSES PEDRO SIZA VIEIRA É inevitável que nestes dias nos lembremos da canção dos Rádio Macau “O Elevador da Glória”, do álbum do mesmo nome, de 1987. Mas apetece-me sugerir que os nossos ouvintes recordem esta canção por outros motivos. Porque me recorda a Lisboa dos anos 80, onde renascia a vitalidade de uma cidade que há pouco tempo tinha recuperado a liberdade. O Bairro Alto era o sítio onde as coisas aconteciam e onde sentíamos que tinha chegado a modernidade e podíamos ser todos protagonistas. A letra registava isso muito bem, a música estava completamente alinhada com a sonoridade indie pós-punk da altura e a Xana tinha muita pinta. PEDRO MARQUES LOPES “Isto não é Miami”, de Fernanda Melchior (Elsinore, 2019) Belo livro. É um conjunto de ótimas histórias todas passadas em Veracruz, México. Muito ligadas à violência e aos gangues daquela terra. Mas é muito mais que isso. Escrito de maneira fluida, – lê-se num dia — despretensiosa, não se consegue parar. Ficaram-me as histórias da miúda possuída por um demónio, que tem como pano de fundo o primeiro casamento da autora, as da violência dos Zetas, a dos clandestinos que pensam que chegaram a Miami, a dos advogados, mas são todas boas e muito bem contadas. Há ali um misto de ternura, de busca de um quotidiano mesmo no meio daquela violência, de normalidade. Encantador. “A vida não vale nada” (de uma das histórias). “Os Cúmplices”, de Georges Simenon (Dom Quixote, 1955, edição de 1989) É tão absurdamente genial que nem sei que diga. Lembrei-me do que o Julian Barnes disse sobre ele, qualquer coisa sobre ele entrar nas almas mais negras. Mas não deve ser bem essa a expressão. Este é sobre um tipo amargurado, estranho, infeliz, com uma vida que tem tanto de vulgar (apesar de bem sucedida) como de estranha. Um casamento infeliz, uma família de que não gosta, sem filhos e com uma história de amor estranhíssima com a secretária. Ele provoca, involuntariamente, um acidente em que morrem 48 crianças, num autocarro escolar. No fundo são os dias dele e o resumo da sua vida desde esse dia até ao dia em que se mata. Curiosamente, reli sem ter relido o anterior do Simenon, de que disse não ter gostado, a “A Neve Estava Suja”, e percebi-o melhor. Esse é muito mais negro, um tipo mesmo mau. Este é bem mais humano, menos preto e branco. De cada vez que leio este tipo mais percebo o absoluto génio que foi.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:03:04
  • Pedro Marques Lopes: “No julgamento de políticos, a diferença entre o Brasil e os Estados Unidos é que no Brasil a Justiça funcionou”
    O Bloco Central regressa de férias e, pertencendo ao passado o tempo em que em agosto não acontecia nada, desta vez o que não falta são assuntos para debate. Depois de Trump se ter encontrado com Putin no Alasca e ter vindo de lá sem qualquer plano de paz, o presidente russo foi à China, conversou e tirou fotos com os líderes chinês, indiano e norte-coreano, a mostrar que o isolamento internacional que o Ocidente gostava de lhe impor, simplesmente não existe. A Europa ainda acabou acusada, tanto por fontes da Casa Branca como pelo porta-voz do Kremlin, de não querer a paz. Marcelo a falar com miúdos da universidade de Verão do PSD referiu-se a Trump como activo da Rússia ou da União Soviética, nada que vários analistas internacionais não tenham dito antes, nem que a realidade desminta, mas dá-se o caso de Marcelo ser Presidente da República. Houve quem temesse retaliação trumpista ao nível do que aconteceu com o Brasil, mas nem Marcelo é Lula, nem Portugal é o Brasil e a coisa passou. Em Brasília, Bolsonaro começou a ser julgado por tentativa de golpe de Estado e por tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, coisa que na América seria impossível fazer com Trump. Juntamente com o recomeço do julgamento de Sócrates, há aqui matéria para pensar na actuação da justiça, no contexto das democracias, quando os réus são antigos líderes políticos ou políticos no poder. Por cá, o governo estava de férias e não parece ter percebido a gravidade de um país a arder no norte e no centro. A Saúde nunca parou de dar notícia, com casos e casinhos. O Tribunal Constitucional deu razão ao Presidente e considerou inconstitucionais várias normas da Lei dos Estrangeiros e logo apareceu um vencido a acusar a maioria dos outros juízes de terem decidido por convicção pessoal e ideológica. Há aqui pano para mangas, a que se podia acrescentar ainda, por exemplo, o projecto do governo para rever a legislação laboral, mas como mantemos o compromisso de manter estas conversas com cerca de uma hora de duração, temos de fazer opções.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:05:44

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Sobre Bloco Central

Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes analisam os acontecimentos e os protagonistas da semana, com moderação de Paulo Baldaia. Quinze anos depois da estreia na TSF, os episódios passam a sair à quinta-feira, dia de Conselho de Ministros, no Expresso. A fechar, e como sempre, o bloco central de interesses, com sugestões para as coisas importantes da vida.
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