Mendes Godinho: "Sem dados, Governo apresenta proposta laboral que é retrocesso civilizacional"
Perplexidade. É essa a palavra usada por Ana Mendes Godinho para reagir às mais de 100 mudanças à lei do trabalho que o Governo propôs. No podcast “Trinta e oito vírgula quatro“, a ex-ministra do Trabalho atira que essa reforma é feita “sem dados objetivos e sem haver um racional que a justifique“, num momento em que o mercado de trabalho dá sinais de estabilidade, com o desemprego está próximo de mínimos históricos.
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“A contraproposta salarial é normalmente uma reação tardia” + Como melhor performance sem sacrificar equilíbrio
Sílvia Nunes tem dúvidas sobre a eficácia de oferecer uma contraproposta salarial a um trabalhador que tenha sinalizado a vontade de sair de uma organização. No episódio desta semana, a diretora da Michael Page Portugal explica que "rapidamente" os motivos que estavam a levar esse trabalhador a ponderar sair regressam. Também neste episódio, o professor catedrático e autor José Soares reflete sobre como melhorar a performance sem sacrificar o equilíbrio pessoal.
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“Não temos margem para aumentar salários sem reforçar produtividade”
Carlos Tavares acredita que Portugal não está condenado a comparar mal, em termos salariais, com os demais países europeus. Mas avisa que para acelerar os vencimentos é preciso aumentar a produtividade. Neste episódio, o ex-ministro da Economia deixa ainda um recado sobre o IRS: os Orçamentos do Estado não deviam ser palco de constantes mudanças (pontuais) a este imposto.
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"É muito difícil motivar alguém que receba 870 euros por mês"
Ricardo Costa é claro: não adianta oferecer benefícios aos trabalhadores, por mais vasto que sejam, se a partir de dia 15 de cada mês as pessoas "começam a contar os tostões". Neste episódio do podcast "Trinta e oito vírgula quatro", o chairman do Grupo Bernardo da Costa -- pioneiro da valorização da felicidade nos locais de trabalho -- assegura que o salário emocional não substitui mesmo o salário real.
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“Seria benéfico discutir salário a par do valor que a pessoa acrescenta” + dicas para conciliar trabalho e vida pessoal
Para Mariana Branquinho da Fonseca, seria benéfico a discussão salarial estar associada ao valor que o profissional acrescenta e ao que dele é esperado. Neste episódio do podcast "Trinta e oito vírgula quatro", a country chair da consultora Korn Ferry assume-se uma forte defensora da transparência salarial, e reflete sobre a desigualdade de género e sobre a falta de lideranças inspiradoras em Portugal. Também neste episódio, a psicóloga Sara Crispim deixa recomendações para locais de trabalho mais equilibrados e uma melhor conciliação entre a vida pessoal e profissional.
Dos salários à semana de trabalho de quatro dias, as tendências que estão a moldar o mercado de trabalho. Se é verdade que hoje contamos ter vidas mais longas, também o é que passaremos mais anos a trabalhar. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4, valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?