
Leituras com Pedro Mexia: "Embora haja boas razões para ter uma ideia catastrófica da história, também sabemos que a história não acontece sempre da mesma maneira."
19/12/2025 | 1h 11min
Na rubrica de sugestões de leitura deste mês, Pedro Mexia sugere 2 livros:Legião Estrangeira, de Clarice Lispecto, edição Companhia das letrasAquele Belo Rapaz, de k. P. Kaváfis, tradução de José Luís Costa, posfácio de Tatiana Faia e edição Assírio & Alvim.Como acontece regularmente nestas conversas, muitas outras referências se juntam. Por exemplo, Fernando Pessoa, Ezra Pound, T. S. Eliot, Dino Buzzati, William Turner, Homero, Carlos Drummond de Andrade, Agustina Bessa-Luís, FerreiraGullar, Chico Buarque, Maria Bethânia, Condessa de Segur, Eça de Queiroz, Camilo Castello Branco, Franz Kafka, Charles Baudelaire, Georges Perec ou Charles Bukowski.

Madalena Sá Fernandes: "Para mim, um bom poema é um poema que me inquieta, que não percebo totalmente e quero perceber, que me desconcerta, que me perturba."
12/12/2025 | 1h 32min
"Na escola, assim que percebi que havia poesia, quis logo começar a imitar. E então, na altura, as composições que eu fazia eram sempre poesia."Madalena Sá Fernandes nasceu em Lisboa, em 1993. Licenciou-se em Línguas, Literaturas e Culturas pela Universidade Nova de Lisboa.É cronista no jornal Público.O seu primeiro livro, Leme, vai na 8ª edição. Poemas:Três, Anne CarsonAlfabeto, Inger ChristensenPara Claude, Nuno JúdiceAfter great pain, a formal feeling comes, Emily DickinsonHomenagem à Literatura, Fiama Hasse Pais BrandãoO Problema da Habitação, Ruy Belo

Pedro Abrunhosa: "Muitas vezes, a poesia serve de espoleta para a minha própria escrita."
05/12/2025 | 1h 25min
"Estar no meio da floresta a ouvir o vento na copa das árvores, ou os pássaros, ou a chuva. É silencio. O silencio é isso. Não é ausência, não é o vazio. É a presença de qualquer outra coisa."Pedro Abrunhosa é um dos artistas e escritores de canções mais reconhecidos do nosso país. Nasceu em 1960, e começou a estudar música muito cedo. Contrabaixista, fundador da Escola de Jazz do Porto, estreou-se aos 34 anos com o disco Viagens, eleito, em 2024, o Melhor Disco da Música Portuguesa dos últimos 40 anos por júri da BLITZ com 170 personalidades. Acaba de lançar um livro que inclui todas as letras que escreveu desde o início da carreira artística chamado Vem Abrir a Porta à Noite, edição Contraponto. Para guiar a nossa conversa escolheu, como costuma acontecer aqui, alguns dos poemas de que mais gosta. São eles:José Tolentino Mendonça – Paga-me um café e conto-te a minha vidaJosé Gomes Ferreira – nunca encontrei um pássaro morto naflorestaDaniel Faria - EstuárioCanção – Jorge Sousa BragaAna Hatherly – Esta gente, essa genteJorge de Sena – No país dos sacanas David Mourão-Ferreira – E por vezesFernando Assis Pacheco – Este ministro é um mentirosoRenato Filipe Cardoso – Amor nominal brutoMiguel Martins – Da LiteraturaGolgona Anghel – somos daqueles que limpam os ouvidos com a chave do MercedesRita Neto - Petingas em promoção

Fernanda Fragateiro: Eu acho que a poesia é a flexibilidade máxima. Não tem fim. A poesia é uma linha. Ler um poema é como pegares numa linha que não tem fim."
28/11/2025 | 1h 9min
"Eu fui absorvida completamente. Ou seja, não seria possíveleu continuar muito mais tempo a trabalhar neste projeto ou noutro do género porque, se calhar, teria de voltar as costas ao resto. E não sei se, a um dado momento, não decidiria voltar as costas ao resto."A artista plástica Fernanda Fragateiro está esta semana no podcast, porque foi uma das artistas convidadas a integrar o programa cultural do Jubileu 2025, da Igreja Católica, através do projeto internacional ‘Portas da Esperança’, que visa assinalar o Jubileu no âmbito das prisões unindo arte e reinserção social. Em Portugal, as residências artísticas foram promovidas pela Zet Gallery, em 2 estabelecimentos prisionais. O artista moçambicano Elídio Candja esteve no de Leiria, e Fernanda Fragateiro esteve na ala das mães do Estabelecimento Prisional de Tires. Nesta intervenção, que decorreu ao longo de várias semanas em diferentes workshops, Fernanda Fragateiro usou poesia portuguesa para dar outra cor e significado aos espaços da prisão, e também às celas das reclusas. Sobre todo este processo nos dá conta ao longo da conversa com Raquel Marinho, mas também, como costuma acontecer, ficamos a conhecê-la melhor, à sua relação precoce com a poesia, e ao que considera ser o desígnio e o papel da arte na sociedade.

Leituras com Pedro Mexia: "O Sena tinha ao mesmo tempo uma noção muito elevada do seu valor literário e uma grande amargura pelo pouco reconhecimento que tinha. "
21/11/2025 | 1h 30min
Na rubrica de sugestões de leitura deste mês, Pedro Mexia traz-nos 2 livros:Cultura, do filósofo, professor e crítico literário inglês Terry Eagleton, edições 70 e Sophia-Sena, As Cartas, edição Guerra e Paz Como acontece sempre no decorrer desta conversa, muitos outros nomes de áreas distintas da cultura acabam por se juntar a nós. Por exemplo Luís de Camões, William Carlos Williams, João Miguel Fernandes Jorge, Oscar Wilde, Jim Morrison, Agustina Bessa-Luís, Charlie Chaplin, Miguel Torga, Aquilino Ribeiro, Eugénio de Andrade, T. S. Eliot, Emily Dickinson, Vergílio Ferreira, Almeida Faria, Arnaldo Saraiva, James Joyce, Manuel Alegre, Platão, Aristóteles, George Steiner, Immanuel Kant, Ludwig van Beethoven, Fernando Pessoa, Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Vasco Graça Moura, Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Safo, Konstantínos Kaváfis, Dante Alighieri, Friedrich Hölderlin, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, ou Chico Buarque.



O Poema Ensina a Cair