Hélder Postiga: “O meu pai era pescador e a felicidade dele contagiava todos. Guardo esses momentos na memória porque marcam e sei que custaram sofrimento e dedicação para serem alcançados”
Nasceu em agosto de 1982, em Vila do Conde. Cresceu numa família de pescadores das Caxinas, lugar que já deu ao país alguns dos maiores futebolistas do mundo. A família era humilde, mas “felizes com pouco”. Tem dois irmãos e a irmã mais velha foi como uma segunda mãe. Deixou a escola para seguir o sonho de muitas crianças: ser jogador de futebol. Aos 12 anos deixou a casa dos pais e foi jogar para o FC Porto. Foi campeão nacional com 18 anos e fez parte do plantel da Seleção Nacional que fez os país e os portugueses de todo o mundo acreditarem no primeiro europeu de futebol. Hélder Postiga é o convidado do novo episódio do Geração 80. Ouça aqui.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:12:25
Duarte Rosado: "Senti uma vontade enorme de largar tudo, uma alegria e um desejo gigante de poder dar a vida por Jesus. Pensei que se dormisse passasse, mas não passou!”
Nasceu em setembro de 1985, no Porto. Cresceu numa família católica e ia à missa todos os domingos. Teve uma educação “rija” e “rígida”, mas “sempre com amor em casa”. Estudou em escolas católicas, mas a escola nunca lhe interessou muito. Gostava das aulas de artes e música, mas desde cedo percebeu que “decorar coisas” não era para ele. “Com 14 anos ia à missa do colégio todos os dias, não sei se era para fugir às aulas”, lembra. Ser padre nunca esteve nos planos, mas aos 21 anos tudo mudou. Bastaram dois meses de reflexão para fazer as malas e trocar Portugal, a banda que tinha com amigos e a vida de universitário, por Roma e por um curso de Teologia. “Senti uma vontade enorme, uma alegria enorme e um desejo gigante de poder dar a vida por Jesus. Pensei que se dormisse passasse, mas não passou!”, recorda. O padre jesuíta, compositor e músico, Duarte Rosado, é o convidado do novo episódio do Geração 80. Ouça aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:11:07
Marina Gonçalves: “O que mais ouvi foi que não tinha experiência e que não sabia o que era a vida. Essa é sempre a discussão mais fácil”
Nasceu e cresceu em Caminha e é lá que regressa quase todos os fins de semana. É a irmã mais velha, “a segunda mãe", do irmão oito anos mais novo. Desportista desde pequena, tem um curso de mergulho e foi jogadora de voleibol até à faculdade. “Era boa a receber e a distribuir”, recorda. Deixou Caminha pela primeira vez para estudar Direito no Porto. Regressou com o objetivo de ser advogada na terra onde nasceu, mas recebeu um convite para assumir o cargo de assessora jurídica do Grupo Parlamentar do PS, em Lisboa. O pai achou que a filha não ia aceitar, mas nem hesitou. O “bichinho” da política cresceu quando começou a trabalhar com Pedro Nuno Santos e desde aí andaram sempre de “braços dados”. O caminho que fez na política e no partido “não foi um acaso”. Aos 34 anos tornou-se ministra da Habitação, a mais jovem de sempre do PS. Marina Gonçalves é a convidada do novo episódio do Geração 80, conduzido por Francisco Pedro Balsemão. Esta conversa foi gravada dias depois do resultado das eleições do passado dia 18 de maio, à data o PS e o Chega estavam empatados no número de deputados eleitos para a Assembleia da República.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:06:29
Lourenço Ortigão: “O meu pai tinha dois empregos e estava muito tempo fora para sustentar uma família com três filhos. Andei em escolhas públicas porque os meus pais preferiram investir esse dinheiro em desportos”
Nasceu em agosto de 1989, em Lisboa. É o mais novo de três irmãos, o caçula da família que andou sempre atrás dos mais velhos, o mais “rebelde” e que gozou de uma educação mais liberal. Cresceu na Beloura, Sintra, e estudou em Cascais. Sempre em escolas públicas porque os pais preferiram investir no desporto. Desde pequeno que gosta de números, começou a receber a primeira mesada com 10 anos e foi nessa altura que aprendeu a gerir o próprio dinheiro. Estudou Gestão, mas só se aventurou no mundo empresarial há poucos anos. Pelo caminho cruzou-se com a representação e tornou-se conhecido com a participação na série “Morangos com Açúcar”. Mais recentemente assumiu o papel mais importante da sua vida: ser pai babado. Lourenço Ortigão é convidado do novo episódio do Geração 80See omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:09:57
Inês Aires Pereira: "Nasci no Porto num mundo onde a minha maneira de ser não se encaixava com os tios e tias. Era a "Inês louca". Quando vim para Lisboa conheci pessoas ainda mais loucas"
Nasceu em julho de 1989, no Porto. Cresceu no mundo “beto da Foz”, conservador, rodeada de irmãos rapazes onde às vezes se sentia “deslocada”. Desde pequena que quer ser atriz. Em criança não conseguia fugir das câmaras e acabava a “estragar” todos os filmes que os pais faziam nas férias. Mudou-se para Lisboa para vir estudar para o Conservatório, mas não entrou. Foi na capital que encontrou “liberdade” e os amigos com quem se identificava e sentia a “Inês louca”. Como atriz ganhou espaço na representação e tornou-se um fenómeno de quarentena com o “Como É Que o Bicho Mexe”. Hoje divide-se entre o humor e a representação. Inês Aires Pereira é a convidada do novo episódio do Geração 80, conduzido por Francisco Pedro BalsemãoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Livres e sonhadores, os anos 80 em Portugal foram marcados pela consolidação da democracia e uma abertura ao mundo impulsionada pela adesão à CEE. Foram anos de grande criatividade, cujo impacto ainda hoje perdura. Apesar dos bigodes, dos chumaços e das permanentes, os anos 80 deram ao mundo a melhor colheita de sempre? Neste podcast, damos voz a uma série de portugueses nascidos nessa década brilhante, num regresso ao futuro guiado por Francisco Pedro Balsemão, nascido em 1980