“A botoxização é um perigo. Assumir a idade é bom!”
Maria Rueff, comediante, 53, teve um enfarte aos 47, mas continua a viver num ritmo acelerado e não se tornou fundamentalista das práticas saudáveis porque é contra certos dogmas nutricionais. Diz que precisamos de saber gerir o prazer e o riso, não apenas a saúde biológica. Vê muita beleza na palavra ‘velho’ e prefere esticar a alma em vez de esticar a pele. Diz com alegria e gratidão que está a ficar uma mulher velha, com tudo a que tem direito.Paulo Condessa, declamador, 64, teve o primeiro filho aos 62. Foi um yuppie e um criativo de sucesso nas áreas do marketing e publicidade. Trocou o sucesso em multinacionais e a vida na cidade por uma existência mais tranquila noutros campos. Tornou-se freelancer e começou a dar cursos de pensamento criativo. Especializou-se como performer em eventos culturais e criou o conceito “Poesia-Espetáculo” e “Stand-up Poetry”. Tem a noção do poder das palavras e sabe que algumas são pesadas, sobretudo quando envelhecemos.
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34:37
"Queremos despertar a consciência, levantar os grandes tópicos da longevidade e desfazer mitos"
Sara Aguiar, 28, Ciência Política e Relações Internacionais, mestrado em Gestão, trabalha na Equipa de Inovação Digital Global de uma multinacional, já trabalhou na Comissão Europeia, foi dona de uma start-up, é Professora e autora de um livro.Frederico Fezas Vital, 52, advogado, empreendedor, fundou a Terra dos Sonhos, está sempre ligado à Inovação e Impacto social, Professor, trouxe a Ashoka para Portugal e é diretor do Yunnus Social innovation Centre da Universidade Católica.Sara e Frederico têm um projeto embrionário de empreendedorismo social intergeracional, em que pretendem conjugar os talentos dos mais novos com os talentos dos mais velhos. Nesta conversa com Laurinda Alves apontam que “a economia circular tem que se aplicar ao capital humano, o gap geracional é um desperdício absoluto de talentos” e defendem que "a colaboração entre gerações é fundamental, a diversidade nas lideranças é altamente eficiente."
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32:05
“Uma folha em branco ajuda a perceber o conceito dos 100 anos de vida”
Mafalda Honório, 44 anos, gestora, criou e lidera a área da Longevidade numa grande marca nacional, é movida por desafios e considera que as pessoas, o ser humano, tem que estar sempre no centro dos negócios. Liderou equipas nas áreas comercial e de marketing e foi distinguida com vários prémios.Domingos Tavares, 29 anos, gestor, empreendedor, estratega por natureza, faz parcerias improváveis e trabalhou na área da longevidade. Na Nova Zelândia fez um estudo sobre comportamento organizacional com equipas intergeracionais e a conclusão foi verificar que a força de trabalho é muito maior e mais eficaz quando se misturam gerações. Aos 23 começou a sentir que estava a ficar velho e assume isso com toda a verdade.Mafalda confessa que “a pressão acontece em todas as gerações. Somos humanos e comparamo-nos”. Já Domingos revela que “o que me tem ajudado muito é estar com pessoas mais velhas” e sublinha que “na realidade vamos ter muitas oportunidades, podemos fazer tudo mais tarde”.
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32:45
“A crise é uma ocasião de crescimento. Sempre”
Vasco Pinto de Magalhães, licenciado em Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa e em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, é padre jesuíta e foi co-fundador do Centro de Estudos de Bioética. Autor de numerosas obras, escritos, ensaios e livros, é um verdadeiro mestre e um grande humanista. Foi um grande jogador de rugby e esteve para casar. Nesta conversa com Laurinda Alves revela que “a morte da minha namorada ajudou-me a olhar para a morte de uma maneira diferente e também me ensinou a olhar para a mulher de uma maneira muito positiva e terna". O Jesuíta defende que " a grande sabedoria? Saber perder!” e aponta que “somos velhos quando desanimamos, quando perdemos a alegria de viver. É por isso que há novos que se sentem velhos”.
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32:38
“Temos que cuidar da saúde relacional, porque sem relações as pessoas adoecem”
Laurinda Alves conversa com Mónica Chaves, marketeer, fundadora da Brandkey, 58 anos, Francisco Liz, antropólogo, investigador, 43 anos. Mónica criou o conceito e o projeto “Idade Maior” em 2008. Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo, juntamente com o Japão e Itália, mas não está preparado para esta nova longevidade das idades superiores e era preciso estudar o fenómeno e libertar conhecimento para a sociedade. Foi a aposta de Mónica Chaves.«, que sublinha: “urgentíssimo: cuidar bem das relações em todas as idades!”Francisco Liz, investigador e market researcher, trabalhou em lares em contexto rural e urbano. Por paixão e por amor a uma avó muito criativa e muito influente na sua vida. Começou por ser voluntário num lar em Alcobaça, durante a pandemia. Francisco lembra que "há muitas, muitas, muitas pessoas a precisarem de ter uma vida mais ativa” e confessa que “ter acompanhado a minha avó na sua última fase da vida mudou a minha vida”.
As idades já não são o que eram. E se vamos viver mais, então queremos viver melhor e aproveitar ao máximo esta espécie de bónus de longevidade que está a ser dada a toda a humanidade. Neste podcast vamos conversar com todas as gerações, sem tabus, sem medos e acima de tudo, sem preconceitos. Idade MAIOR é um podcast para maiores de idade.